O mundo entra-nos pelos olhos, ouvidos e muitos outros sentidos dentro. Contudo, é preciso fazer, hoje mais do que nunca, uma triagem de conteúdos.
Comentar esse mundo que nos assalta os sentidos e que é tantas vezes mediado pela mentira e pela desinformação é a motivação deste blog.
Benvindos os que por aqui passarem.



quarta-feira, 27 de março de 2013

É bem triste


É bem triste

 

É bem triste o espectáculo da morte

Esquálido, transido, frígido e inerte,

 A quem é dado a ver o seu futuro sem fuga.

É bem triste o espectáculo da morte

Gélido, parado, pálido e consorte

nossa a desposar sem opção nem sorte.

 

25mar13

segunda-feira, 18 de março de 2013

Papagaios de serviço e outros organismos

Porque é que os papagaios de serviço - os comentadores políticos das tv's - dizem basicamente todos o mesmo?
-uma razão é o facto de serem papagaios e reproduzirem aquilo que os seus patrões e mandantes - as classes dominantes - querem que eles digam, mesmo sem lhes darem ordens directas;
-outra razão é a de, simplesmente, se eles não dissessem aquilo que dizem perdiam o emprego.
Penso que foi Gramscki que cunhou os espécimes deste tipo, no tempo dele, com o nome de intelectuais orgânicos. Se ele fosse vivo ao ver estes papagaios talvez dissesse que lá "orgânicos" eram; intelectuais é que nem pensar...

domingo, 17 de março de 2013

Contra-tendências da queda da taxa de lucro

Há uns postes atrás escrevi sobre a lei da queda tendencial da taxa de lucro. Esta lei é tendencial e não absoluta nem mecânica. Os capitalistas usam conscientemente medidas contratendências para contrariar a realidade desta lei económica.
Remeto-vos para um texto magnifico de um comunista brasileiro que desenvolve esta questão. A partir da citação seguinte aconselho-vos vivamente a leitura do texto completo.
"As chamadas contratendências [6] seriam todas as ações empreendidas pelo capital no sentido de se contrapor à queda na taxa de lucro. Podemos resumi-las da seguinte maneira: a) aumento do grau de exploração da classe trabalhadora, seja pelo aumento da jornada de trabalho, seja pela intensificação do trabalho; b) redução dos salários; c) redução dos preços dos elementos do capital constante, tais como buscar matérias-primas mais baratas, máquinas mais eficientes, subsídios para insumos e serviços essenciais como aço, mineração, energia, armazenamento, transporte e outros; d) formação de uma superpopulação relativa, ou seja, reunir um contingente de força de trabalho muito além das necessidades do capital e mesmo além do exército industrial de reserva como forma de pressionar o valor da força de trabalho para baixo; e) ampliação e abertura de mercado externo como forma não apenas de desovar o excedente produzido, como de encontrar fontes de matéria prima e recursos abundantes, barateando seus custos; d) o aumento do capital em ações, isto é, buscando compensar a queda na taxa de lucro com juros oferecidos pelo mercado de papéis oferecidos por empresas ou por títulos do Estado.
Notem que todas as contratendências escondem um sujeito oculto. Trata-se, já no final de O Capital, de mais um embate, este decisivo, contra a ideologia liberal. Quem administra os limites da exploração do trabalho, seja pelo tamanho da jornada, seja pelas condições gerais da contratação? Quem determina os limites legais da compra da força de trabalho e seu valor? Quem pode baratear os elementos do capital constante por meio de subsídios, créditos facilitados, isenções e outros meios conhecidos? Quem assume o custo de administração, manutenção e controle sobre uma superpopulação relativa cujo papel é nunca entrar no mercado e trabalho? Quem representa os interesses das corporações monopólicas na ampliação, conquista e manutenção de mercados em disputa com outros monopólios? Finalmente, quem se presta ao papel de oferecer títulos que remuneram com taxas de juros generosas sem se preocupar em perder dinheiro ou comprar de volta títulos podres e sem valor?
Esse sujeito, que mal se oculta, só pode ser o Estado! Eis que se desmorona a mãe de todos os mitos liberais: o Estado não deve intervir na livre concorrência entre os indivíduos pela disputa de riquezas e propriedades, resumido na tese da não intervenção estatal na economia. Para Marx, o Estado sempre foi um fator determinante no sociometabolismo do capital, em seu nascimento na acumulação primitiva de capitais, na garantia das condições gerais chamadas de extraeconômicas (garantia da propriedade, subordinação legal e institucional da força de trabalho ao capital, defesa da ordem, etc.) no período de ouro do liberalismo, na representação dos monopólios na partilha e repartilha do mundo, fazendo dos interesses das corporações o interesse nacional; e, por fim e mais importante, nos momentos de crise em que o custo da exuberância irracional, que levou à apropriação indecente da riqueza socialmente produzida na forma de acumulação privada, tem que ser socializado por toda a Nação." Acesso ao texto completo.

sábado, 16 de março de 2013

Conflito de interesses ou corrupção de estado?

Duas notícias de hoje mostram, para quem sabe ler, uma das características principais da "governança" dos nossos dias: nomearam Autoridade para a Concorrência um indivíduo que é sócio de um escritório de advogados e cuja nomeação suscita evidentemente polémica; noutra "nova" a ministra Cristas da Agricultura, que é também a ministra da lei já conhecida como lei dos despejos, nomeou para o seu ministério colegas da faculdade.
Se nos EUA ( nos outros países capitalistas) é descaradamente assim, isto é, os ministros de lá (Secretários de Estado como são chamados) são provenientes do mundo dos altos negócios e após a sua passagem pela "governança" regressam aos negócios, e em que os negócios sobre os quais governam são muitas vezes os negócios sobre os quais negoceiam fora do governo. Cá só estamos a imitar estas "boas práticas" que na melhor das hipóteses se constituem como conflitos de interesses evidentes mas não são mais, em bom português, do que corrupção, e de estado. 

domingo, 10 de março de 2013

Sobre a verdade. De Bertolt Brecht


“Quem, hoje em dia, quiser combater a mentira e a ignorância e escrever a verdade tem de vencer, pelo menos, cinco obstáculos. Tem de ter coragem de escrever a verdade, muito embora, por toda a parte, esta seja reprimida; tem de ter a argúcia de a reconhecer, muito embora, por toda a parte, ela seja encoberta; tem de ter a arte de a tornar manejável como uma arma; tem de ter capacidade de ajuizar, para selecionar aqueles em cujas mãos ela será eficaz; tem de ter o engenho de a difundir entre estes.”
Bertolt Brecht

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Baixa tendencial da taxa de lucro

Nos últimos anos, aproveitando o pretexto da crise, a direita de facto ou assumida no poder tem lançado uma ofensiva imensa contra o trabalho. Os cortes nos salários, tanto os cortes diretos e nominais como os indiretos (através do encarecimento dos preços dos bens essenciais) fazem parte desta ofensiva a favor do capital.
As mais recentes noticias que mostram contratações de enfermeiros a 3,96 euros à hora e as contratações de médicos a 600 euros por mês através de empresas de contratação temporária são ilustrações dessa ofensiva de exploração a todo o gâs da força de trabalho.
Marx elaborou a teoria da baixa tendencial da taxa de lucro, segundo a qual, devido ao aumento da proporção de capital constante ao longo da história do capitalismo, a tendência era para a taxa de lucro baixar. Esta lei é tendencial e depende de muitos fatores. Atualmente, os capitalistas e os seus lacaios nos governos estão a tentar inverter temporareamente esta tendência, como já o fizeram várias vezes no passado. É normal. Estão a fazer o "trabalho" deles.
E nós, trabalhadores, o que nos cabe fazer? Assistir passivamente a este rolo compressor ou lutar para o inverter?

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Uma questão pertinente

Será que merece acabar o seu mandato em dignidade quem, com a sua assinatura, tem contribuido para a promulgação de diplomas claramente inconstitucionais e que põem em causa a dignidade de vida de milhões de portugueses?

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Henri Wallon

Seabra-Dinis, num prefácio ao livro "Do acto ao pensamento", considerava Henri Wallon o maior expoente da psicologia científica do século XX. Do que conheço, só Vigotsky se aproxima.
Com os livros de Wallon aprendi imenso, num esforço consumidor de muito tempo mas que nunca dei por perdido. Os livros de Wallon não são fáceis de ler. A sua profundidade é muito grande pois não faz a menor concessão à facilidade: se a realidade de que fala, - a evolução psicológica das crianças e o entrelaçamento dos factores de que ela é feita - é complexa, complexa é também a descrição e explicação que ele dá dela, as teorias que apresenta.
Por outro lado a sua formação filosófica e biológica, ele que foi doutor em filosofia e medicina, faz com que nos seus livros apareçam muitos conceitos que, para serem bem apreendidos, requerem um trabalho concomitante do leitor, remetendo-o para uma formação de base nos fundamentos dessas disciplinas. Eu fiz esse percurso autodidaticamente e não me arrependo.
Hoje apresento talvez os seus dois livros mais profundos e ambiciosos de Wallon: "Do acto ao pensamento", já citado anteriormente e "As origens do pensamento na criança". Vou relê-los mais uma vez e sei que sairei dessa releitura mais sabedor.
É algo que sinto como necessário para retirar a espuma cinzenta que se acumula nos dias que atravessamos.


"Só há liberdade a sério quando houver..."

O futebol lavará mais branco? Episódio segundo.

Está bem que o homem tem um nome duma coisa que os jogadores de futebol pisam quase todos os dias. Mas daí até pensar que o futebol branqueia tudo, vai uma distância muito longa.
Noutro dia foi assistir, in loco, ao jogo. Hoje vai receber os jogadores, em sala particular do aeroporto. (Bem visto, pois nas salas particulares com acesso privado é mais difícil haver gente a vaiar. O truque pode servir para o presidente Cavaco nas suas próximas saídas púbicas).
Este Miguel é indivíduo bem matreiro e está bem calçado no governo. Outros, por bem menos que ele já tinham ido de vela. Mas estamos em Portugal e personagens como estes, na verdade, são aos montes.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Então, para quê políticos?

Desde o início da década de 80, salvo erro, e pelas palavras de Margaret Thatcher foi cunhada uma expressão em inglês, TINA, cujo significado em português se traduz como: Não Há Alternativa (There Is No alternative).
Quem não é parvo e está bem informado, desde logo se apercebeu do expediente falacioso de matar qualquer tentativa de debate através de uma afirmação que taxativamente diz que nem sequer é possível debate nenhum.
Sendo assim, existiria apenas o "pensamento único" como logo alguém lhe chamou, (penso que foi o Ignácio Ramonet, no Le monde Diplomatique). Então alguém teria descoberto a única forma de actuar na política. E a política ter-se-ia evaporado em ciência ou técnica.
Se esta treta fosse verdadeira perguntar-se-ia: então para quê os políticos? Técnicos ou tecnocratas que aplicassem a solução única não seriam o bastante?
Para quê eleições? Para quê democracia?
Pois. Por vezes bastam algumas perguntas para desmontar algumas falácias repetidamente inculcadas pela maioria da comunicação social que, diga-se com todas as letras, é dominada pelos donos do poder económico com tradução no poder político.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Que força é essa?

Esta gente não tem um pingo de vergonha na cara

Ao ler notícias como estas, próprias dum enganador encartado, fico enojado. A política nas mãos de certos indivíduos desce a um grau bem negativo. Mas não pensem que confundo toda a política com aquilo que este senhor faz.
Líder do CDS assume que carga fiscal "atingiu o limite" e reafirma reforma fiscal na segunda metade do mandato."

domingo, 24 de junho de 2012

Que raio de democracia é esta?

Como chamarmos a um regime de um país que prende cidadãos seus e de outros países soberanos e os mantém sem culpa formada por anos e anos, que os tortura, que os mata, que invade países e que chacina os seus habitantes, que depõe presidentes através de golpes armados e financiados por ele?
Democracia não é de certeza? No entanto eles e os outros que são seus aliados enchem a boca de democracia.
Para denunciar esse regime e ao mesmo tempo rir um pouco, deixo-vos com a sugestão de leitura de uma entrevista feita por Julian Assange a Correia, Presidente do Equador, o qual é dono de um sentido de humor bem apurado.

Cavaco é vaiado em Guimarães pela promulgação do código da exploração do trabalho.

O presidente Cavaco que jurou respeitar a Constituição da Republica Portuguesa" rasgou-a ao promulgar esta lei, como já o fez em relação a outras. Demonstra assim a sua verdadeira natureza de instrumento ao serviço dos capitalistas portugueses, apostados em explorar cada vez mais os trabalhadores.
"Entre as alterações estão o corte de quatro feriados, o regime do trabalhador estudante e ainda as regras de remuneração do trabalho extraordinário, que é reduzida a metade.
Os funcionários públicos vão ter regras laborais semelhantes às dos trabalhadores do sector privado, definidas pelo Código de Trabalho. O diploma que equipara a legislação laboral dos dois regimes foi aprovado, esta quinta-feira, em conselho de ministros.
As indemnizações pelo fim de contratos a prazo também baixam e as rescisões amigáveis na administração pública foram regulamentadas pela primeira vez: 20 dias por cada ano de trabalho, com um montante máximo de 48,5 mil euros.
A nova lei também define as regras da mobilidade geográfica: assistentes operacionais e técnicos administrativos podem ser colocados até 30 quilómetros de casa, mas os técnicos superiores podem ser deslocados até 60 quilómetros e sem o seu acordo.
É ainda criado um novo regime de mobilidade interna, temporária, que permite aos serviços desconcentrados enviar funcionários para qualquer ponto do país até um ano, mas neste caso, com ajudas de custo a 100%. Uma modalidade que, segundo o Governo, pode ser muito útil para os serviços do fisco, segurança social e emprego.!
Notícia de ana Carvalho 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Os donos de Portugal"

Recomendo a visão deste documentário onde se mostra quem são os donos de Portugal.  Nele é apresentada a forma como ao longo da história se foram formando os grandes grupos económicos e a sua relação promíscua com o poder político: na 1.ª republica, na republica fascista, no pós 25 de Abril, na "normalização capitalista" e nesta coisa execrável que existe hoje.
É bastante instrutivo vermos como se foram formando as elites económicas, à sombra das benesses do poder político. 
E é também instrutivo vermos os rostos dos papagaios que defendem o poder dos grandes grupos económicos, lacaios bem pagos, e que sairam em grande parte dos (des)governos que temos tido. Os que beneficiaram empresas privadas ou fomentaram privatizações são os mesmos que depois as vão gerir, e vice-versa.
Vale a pena ver.

Quem lucra?

Em política, penso que é sempre necessário começar por perguntar: quem lucra com as medida tomadas em concreto?
Se colocarmos esta pergunta sobre quem é o beneficiário dos cortes nos feriados e férias dos trabalhadores integrados no novo código do trabalho, obtemos esta resposta, que li, há dias, num jornal:
Patrões ganham 4 500 milhões de euros com esta medida do governo. Os trabalhadores trabalham mais e mais horas e dias e vêm nicles do seu salário a crescer. Bem pelo contrário, sofrem cortes nos salários e aumento dos preços.
Morais da história:
-Ainda há uns intelectuais do regime que negam a exploração e a luta de classes. São bem pagos para desinformar.
-Ainda há muitos explorados que ainda não perceberam isto. Continuam a ser explorados sem consciência disso.
-O código dito do trabalho deveria passar a ser chamado código da exploração dos trabalhadores.
Notícia:
O "Correio da Manhã" escreve que os patrões ficam a ganhar mais 4,5 mil milhões de euros à conta do novo Código do Trabalho que obriga a trabalhar mais sete dias por ano, entre feriados e dias de férias que são eliminados. O documento foi ontem promulgado pelo Presidente da República.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O futebol lava mais branco?

Um sujeito, com nome de vegetal, que ontem foi absolvido por "juízes" do mesmo partido que ele, nomeados por quem o nomeou, hoje, apareceu na tribuna de honra a assistir ao jogo de futebol entre Portugal e a republica checa.
Será que o futebol lava mais branco?

Olhar com olhos de ver

"Uma pessoa, que não é um economista de esquerda, Joseph Stiglitz, premiado com o Nobel de 2001, escreveu no seu livro "Globalization and its Discontents" que, se analisarmos superficialmente as políticas do FMI, podem parecer absurdas e destinadas ao fracasso, mas, se considerarmos que o FMI está a apoiar e a servir os interesses do capital financeiro, percebemos que essas políticas são de facto coerentes e inteligentes".

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vai também "dar banho ao cão"

Hoje na rádio, ouvi o inseguro líder do PS, a propor ao PCP e ao Bloco de Esquerda que subscrevessem as propostas que o PS fez ao Governo e que espera que este também as subscreva, em nome de uma europa melhor... e fala de consensos... Este indivíduo não se enxerga?
É caso para voltar a dizer como na mensagem anterior: "Vai dar banho ao cão" António José Seguro.

Vão dar banho ao cão

Depois de há uns tempos, Passos Coelho e Vitor Gaspar terem metido os pés pelas mãos na questão da devolução, para o ano de não sei quando, do roubo dos subsídios de férias e de natal, vem agora um secretário de estado dizer:
"O secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, garantiu hoje que o Governo está a trabalhar para que os subsídios de férias e de Natal sejam repostos "logo que possível".
Estes enganadores continuam a ser iguais a si próprios. Eu que sou um dos espoliados ao ler as últimas e risíveis declarações do secretário só me apetece mandar esta gente "dar banho ao cão".

terça-feira, 19 de junho de 2012

Radicais: do uso indevido das palavras.

Aprendi, salvo erro com Paulo Freire, que ser radical é ir à raiz das coisas. Ora, na nossa sociedade os sinónimos mais utilizados para esta palavra são os de extremismo e de gente que força as coisas até onde não é próprio fazê-lo.
Penso que essa interpretação é altamente indevida.
Por outro lado chamam-se radicais a gente que de radical, no sentido de ir à raíz das coisas tem pouco. É o caso do partido Syriza, da dita esquerda radical grega. Então não é que os ditos radicais já escreveram ao Durão, à Merkel e ao Obama a dizer que serão responsáveis se forem para o governo.
Com radicais destes estamos conversados. Aliás, conhecendo-os melhor e à sua origem política vê-se como navegam nas águas da social democracia/socialismo europeu, que há décadas se rendeu também ao neoliberalismo e não passam de uma versão doce dos gestores do capitalismo moderno.
No entanto tiveram um sucesso eleitoral na Grécia ficando atrás da direita assumida da ND. Eram confiáveis para os donos da europa e do mundo e o poder mediático andou com eles nas palminhas.
Coitado do povo grego que vai continuar a sofrer.

domingo, 17 de junho de 2012

"As causas da crise mundial"

"Para tratar de resolver cualquier tipo de problema hay que empezar por conocer las causas que lo han provocado. Hacer un buen diagnóstico de los males que aquejan a un paciente es el primer paso para sanarlo, e igualmente ocurre en el campo económico.
Los que afectan en estos momentos al que pretendemos explorar, la economía española, son fáciles de detectar y en realidad comunes a los que han sufrido o sufren otros muchos países como consecuencia de la crisis: un incremento extraordinario del número de personas en paro, el hundimiento de sectores enteros de la economía, la quiebra de miles de empresas o gobiernos que se han tenido que endeudar hasta niveles muy preocupantes para tratar de aliviar todo eso, entre otros.
Éstos son los problemas que tenemos que resolver pero para conseguirlo lo más importante es conocer bien sus causas.

LA GRAN RECESIÓN
A estas alturas casi todo el mundo sabe que la causa más inmediata de todo ello fue que bancos estadounidenses difundieron por todo el sistema financiero internacional, como una inversión muy atractiva y rentable, miles de productos financieros derivados de contratos hipotecarios que, cuando la economía se empezó a venir abajo, resultaron ser en realidad simple basura financiera que hizo quebrar a los bancos y a los inversores que los habían adquirido. Cuando eso ocurrió, los bancos dejaron de conceder créditos y enseguida las empresas y los consumidores que dependen de esa financiación no pudieron seguir produciendo o comprando, lo que provocó una gran caída de la actividad económica y el aumento del paro, lo cual llegó a ser calificado como la Gran Recesión.
Los gobiernos inyectaron entonces miles de millones para salvar a los bancos creyendo que así se lograría que volvieran a dar crédito y llevaron a cabo planes de gasto multimillonarios para evitar que no cayera más el empleo y que no se siguieran cerrando empresas.
Pero bien porque fuese insuficiente, bien porque los bancos utilizaron el dinero para otra cosa, lo veremos enseguida, lo cierto es que lo único que se consiguió con ello fue aliviar o frenar
un poco la parálisis económica que se había provocado pero no resolver completamente la situación.
El resultado fue que al disminuir la actividad cayó la recaudación de ingresos y que el gasto de los gobiernos se multiplicó, así que los déficits se dispararon y la deuda subió de forma acelerada.
Los bancos que habían provocado la crisis aprovecharon la necesidad de financiación de los gobiernos y entonces sí les prestaron grandes cantidades, aunque a costa de imponerles
condiciones draconianas a través de reformas muy profundas basadas, sobre todo, en recortar el gasto social y los salarios para que la mayor parte posible de los recursos se dirigiera a retribuirles a ellos. Y con menos gasto, es decir, con menoscapacidad de compra, las empresas volvieron a resentirse y suactividad de nuevo se vino abajo, lo que empeoró el empleo yllevó a economías como las de Grecia, Irlanda o Portugal a unasituación mucho peor."
ESTAS SÃO AS CAUSAS MAIS IMEDIATAS DA CRISE. MAS HÁ AS CAUSAS ESTRUTURAIS. CONHEÇA-AS CONTINUANDO A LER O LIVRO QUE TEMOS VINDO A CITAR...

Maria Keil

Numa entrevista dada a um jornal, em 2007, Maria Keil dizia: “fundamental é ter-se respeito a si próprio. A gente vai pela vida fora, vai fazendo coisas quando vem a propósito. Tem cuidado para não ser chata para os outros. Dá muito trabalho. E depois chega-se ao fim e a gente vai-se embora. Depois começa-se a pensar: o que é que vai ser de mim debaixo do chão? Vou-me transformar em qualquer coisa. Não sei em quê, mas aquilo tudo junto, se calhar há ouro por causa disso, das pessoas boas que foram enterradas. O ouro, as pedras preciosas são as pessoas boas que morreram e se transformaram. As outras desaparecem.”

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Desmascarar a falta de alternativa


Los autores de este libro, como otros muchos científicos, sabemos que los argumentos que los políticos y los economistas neoliberales dan para justificar lo que proponen son falsos.
Sabemos que hay alternativas, que se pueden hacer otras cosas distintas a las que proponen la patronal, los banqueros, los directivos de los bancos centrales y los políticos que comparten con ellos la ideología neoliberal.
Lo sabemos sencillamente porque leemos, porque no recurrimos sólo a las investigaciones de quienes se dedican a reforzar el pensamiento dominante sin tener en cuenta los trabajos científicos que demuestran lo contrario. Por eso sabemos que se puede crear empleo impulsando la actividad económica y no frenándola, como quieren hacer los neoliberales. Por eso sabemos que para hacer frente a la deuda pública es mejor proporcionar a los países capacidad para generar ingresos propios y no quitársela porque entonces lo que se producirá será más deuda, como ha pasado siempre y como va a ocurrir en Europa con las medidas neoliberales que se están aplicando.
Nosotros sabemos que hay alternativas, es decir, que se pueden hacer otro tipo de políticas simplemente porque eso es lo que demuestra la literatura científica, por mucho que se quiera
ocultar por parte de los neoliberales.
Y sabemos también que las medidas que proponemos pueden ser más exitosas que las que proponen los neoliberales, en primer lugar porque el exito de estas últimas es evidente si tenemos en cuenta la crisis a la que nos ha llevado su aplicación en los últimos años, o el tremendo nivel de insatisfacción que hay en España, donde nada menos que el 78 por ciento de la población no está de acuerdo con las políticas de austeridad; en la Unión Europea, donde el 68 por ciento de la población no está satisfecha con la manera como se está construyendo esta institución, y muestra también desacuerdo con las políticas que se están llevando a cabo; y en el mundo, donde el 50 por ciento de
los trabajadores gana menos de 2 dólares y no tiene ningún tipo de contrato ni de protección social, en donde hay 1.100 millones de hambrientos y casi 2.000 millones en situación de extrema pobreza.
Y en segundo lugar porque es fácil comprobar que las propuestas que hacen los neoliberales no responden a verdades científicas o evidencias empíricas sino a creencias puramente ideológicas que, en muchas ocasiones, incluso chocan, como veremos, con el sentido común más elemental.
Si fuera verdad que las medidas neoliberales consiguen realmente lo que dicen que van a conseguir, se permitiría su discusión abierta y plural porque sus defensores podrían demostrar de forma fehaciente que bajar salarios o reducir el gasto social aumenta el empleo, o que privatizar las pensiones o los servicios públicos aumenta su cobertura y calidad, como dicen.
Lo que hacen, sin embargo, es imponerlas sin respetar las preferencias sociales, sin que haya un auténtico debate democrático sobre ellas. Evitan el debate y las imponen como si fueran directrices técnicas inapelables porque saben que no es cierto lo que mantienen, que nada de lo que afirman se puede demostrar. La realidad muestra sin ningún tipo de dudas que cuando se han aplicado las medidas que ahora nos están proponiendo siempre ha bajado la calidad de vida, del trabajo y la
cantidad de  empleo existente y que sólo han mejorado los beneficios de los banqueros y de las grandes empresas.
Y todo esto es lo que hemos querido desvelar con este libro a nuestros lectores.
Lo escribimos, pues, con el propósito de divulgar la falsedad en que se basa esa idea tan difundida de que no hay alternativas, para demostrar que sí las hay y que, además, son más eficaces para salir de la situación en la que nos encontramos, para crear empleo decente y estable y para generar bienestar social. Y, por supuesto, mucho más justas y humanamente satisfactorias."


"Escolas desnorteadas não sabem como preparar próximo ano lectivo"

O ministério da educação nem a destruição da escola pública sabe fazer com método. A forma como os mega-ajuntamentos de escolas estão a ser feitos é uma vergonha. A pouco mais de 2 meses do começo do próximo ano letivo e essas mega estruturas desconformes não foram constituídas, não têm direções. É o que denunciam os presidentes do conselho de escolas e de uma associações de diretores.
Se estivesse cá o Michael Moore, ele ia para a frente do MEC e gritava bem alto, "Shame on you".

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Censura" e dura, na "democracia" espanhola.

"LIVRO CENSURADO EM ESPANHA O famoso investigador espanhol Vicente Navarro, que trabalhou 40 anos na John Hopkins University, acaba de ter o livro Hay alternativas: Propuestas para crear empleo y bienestar en España censurado pelas críticas que faz à situação económico-social da Espanha e da UE. O livro, feito em co-autoria com os economistas Juan Torres López e Alberto Garzón Espinosa e com prefácio de Noam Chomsky, estava pronto para ser lançado mas a editora Aguilar arrependeu-se e resolveu abortar o lançamento. Diante disso, os autores resolveram fazer uma carta-denúncia pública e divulgar o livro gratutitamente através da Internet. O livro pode ser descarregado aqui (224 pgs., 1,7 MB): Hay alternativas (clique com o botão direito do rato e faça Save As...).
Algumas das afirmações contidas no livro:
  • que a crise mundial é terrorismo financeiro
  • que a Espanha é o único país da OCDE onde os salários reais não cresceram nos últimos 15 anos
  • que não temos vivido acima das nossa possibilidade e sim que os salários estiveram abaixo das nossas necessiddes
  • que há 20 anos a diferença de remunerações entre dirigentes e assalariados era de 10-20 superior e agora é até 100-200 vezes superior
  • que os países que estão suportando bem a crise são aqueles do Norte da Europa, onde os serviços sociais ocupam uns 25% e na Espanha só cerca de 9% e estes serviços sociais são financiados, na Suécia, com a política fiscal
  • que portanto, quando dizem que há que reduzir a despesa pública e reduzir os salários para gerar riqueza e emprego, é exactamente o contrário e isso é explicado no livro com todo o pormenor
  • que a diferença entre a Suécia e a Espanha é que lá os ricos pagam os impotos e em Espanha só pagam os trabalhadores em folha de pagamento, mas que entre as grandes empresas espanholas a maioria só declara uns 10% dos seus lucros, e que as grandes fortunas só cerca de 1%. Para isso, utilizam os paraísos fiscais e outras tretas que até os bancos, seus cúmplices, os ajudam a desviar
  • que os planos de austeridade que nos impõem conduzem as economias no rumo do desastre
  • que em Espanha, com os 40 anos de ditadura, onde o poder da banca e dos empresários estava muito unido à política, ainda segue essa tendência: o poder de classe (v. pgs. 109-110)
    Face à atitude de censura da Aguilar, os autores entregaram a publicação em papel às Ediciones Sequitur, que fará o lançamento em colaboração com o ATTAC."
  • Retirei este texto do site Resistir.info.
  • Acordai

    Duas músicas dedicadas aos povos europeus em geral e à maioria dos professores portugueses, em particular.

    terça-feira, 12 de junho de 2012

    Que as há, há...

    O multimilionário Warren Buffet é um indivíduo interessante. Diz algumas verdades que outros escondem a sete chaves.
    Há uns tempos disse uma coisa como esta: claro que a luta de classes existe. E nós, os ricos, é que estamos a ganhá-la.
    Além disso afirma com estupefação que não percebe como a secretária dele paga mais impostos do que ele, que é multimilionário.
    Enfim, um indivíduo bem interessante. À beira dele, os "inteletuais orgânicos" em decomposição que negam a luta de classes quando ela está aí, na sua máxima força e os exploradores que exploram até ao tutano os seus empregados e se acham uns grandes empreendedores, são uns minorcas.

    Pelo contrário: competentíssimos.

    Há muitos ingénuos que afirmam que os governos que temos tido são incompetentes. Eu não direi isso nunca, isto é, quase nunca, pois o inefável Alvaro Santos Pereira é ministro.
    O que se passa realmente é que os governos que temos tido têm sido competentíssimos em destruir os sistemas públicos de que dispomos cada vez menos: Saúde; Educação e Segurança Social.
    É um dos objectivos principais deles, inconfessado, é certo, mas bem real. e estão a consegui-lo.

    Se os portugueses não existissem, e principalmente, se não existissem os desempregados não teríamos o problema do desemprego. Não se pode exterminá-los?

    A longa frase do título fui eu que inventei, mas não me admiraria que Vitor Gaspar um dia a diga, ao seu modo tão peculiar.
    "A evolução recente do desemprego torna premente a tomada de medidas que permitam resultar num prazo mais curto, neste contexto temos vindo a por em prática medidas ativas de emprego, com particular enfoque no emprego jovem. Estamos ainda abertos para considerar outras medidas que diminuam os custos de trabalho para segmentos identificados do mercado laboral"
    Querem que traduza?
    É preciso baixar os salários e a curto prazo.
    "O ministro voltou ainda a identificar o aumento do desemprego e o consequente aumento de pagamento de prestações sociais à população que perde o emprego como um dos riscos para a execução orçamental deste ano, que foi tido em conta durante a quarta avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira pela 'troika'."
    Tradução:
    Os desempregados é que são culpados do acentuar da crise, troika dixit, Gaspar aceita.
    Retirei daqui.
    P.S. Já agora eu também estou aberto para que se despeçam ministros e fique só o Gaspar a mandar, o Portas a Passear e o Passos a fazer de conta que é o chefe do governo. Fica bem mais barato.

    Mega-agrupamentos e salsicharia

    "Mega-agrupamentos são evidência do desnorte. Juntam-se escolas como embalagens de fiambre, aperta-se e cabe mais uma."
    Joaquim de Azevedo
    Ex-secretário de estado da educação
    de um governo de Cavaco Silva

    Poder-se-ia dizer que se trata de uma personalidade insuspeita para falar do assunto pois é um especialista da educação e pertence à área política do atual governo.

    segunda-feira, 11 de junho de 2012

    Balipodofobia. Sabe o que é?

    "BALIPODOFOBIA - (Do latim, aversão doentia a futebol) - Entende-se por fobia o medo anormal, irracional, aparentemente injustificado e incontrolável ante determinados objetos ou situações, que vai muito além da ameaça real, se é que ela de fato existe, e que, por isso mesmo, inclui-se entre os chamados transtornos de ansiedade. As fobias podem se voltar contra tudo quanto se possa imaginar, como é o caso da famosa aversão pelo número 13: a triscaidecafobia. A balipodofobia, ou seja, o medo doentio de futebol, não consta de nenhum compêndio de medicina, mas pode ser observada em muita gente por aí, especialmente as mulheres. Embora todas reconheçam a irracionalidade do medo, elas buscam obsessivamente evitar o contato com o agente deflagrador de seu mal, um comportamento que está entre os sintomas típicos das fobias."

    Com tanto futebol, de manhã, à tarde, à noite e de madrugada, não admira que os seres mais racionais sejam os que estejam mais sujeitos a esta fobia...

    As mentiras de Coelho para ganhar as eleições. Lembram-se?

    10 minutos de mentiras nas promessas para conseguir ir para o governo. Há gente sem vergonha na cara.
    Compare-se com o ano pós-eleições e desmascare-se o personagem.

    Com o Sócrates era assim

    "Unidos como os dedos da mão"

    Um estudo revela que metade dos professores portugueses sofre de ansiedade e exaustão.
    Não duvido deste estudo. Sou professor, trabalho na escola e falo frequentemente com colegas de outras escolas. Aliás, os motivos para a ansiedade e exaustão estão para além dos apontados: excesso de trabalho e burocracia, indisciplina e desinteresse dos alunos. A insegurança e precariedade no trabalho, a perda de direitos, a falta de democracia no sistema e nas escolas e a desconsideração com que são tratados pelo poder político dominante são outros fatores de ansiedade e exaustão. Mas acho que a resposta externa a todos estes fatores pode ajudar a minorar a ansiedade e a exaustão. Os professores devem unir-se, e não só aos outros professores mas também aos outros trabalhadores. Sentindo-se menos sós, sentir-se-ão mais fortes.

    http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/06/11/estudo-revela-que-metade-dos-professores-portugueses-sofre-de-ansiedade-e-exaustao

    domingo, 10 de junho de 2012

    O que move Passos Coelho?

    Espanha pediu sábado 100 mil milhões para a banca e vai pagar 3% de juros. Portugal pediu 78 mil milhões com juros ao dobro da Espanha. A Irlanda já solicita que os seus juros sejam semelhantes à Espanha.
    Passos Coelho diz hoje que não pedirá qualquer renegociação.
    Sabem o que move este sujeito que é apenas uma marioneta dos grandes poderes económicos de facto? Vergar completamente os portugueses e sobretudo os trabalhadores. Para isso tudo serve e esta crise veio mesmo a calhar. Os portugueses têm de travar este governo "custe o que custar", como dizia o Coelho aqui há uns tempos. Se o não fizerem estarão condenados à escravidão e à indigência.

    sábado, 9 de junho de 2012

    É a vez dos espanhóis...

    Notícias recentíssimas. Os espanhóis... vão ser "ajudados". 100 mil milhões vão para os bancos espanhóis mas quem os vai pagar são os espanhóis que não são bancos.
    Primeiro foram os gregos, mas eu como não era grego...
    Depois os irlandeses e os portugueses, mas eu como espanhol...
    Agora são os espanhóis, mas como eu sou italiano... sei que sou o próximo cliente a pagar a factura...
    Eu, como não quer a coisa vou comprar um banco... de jardim. Depois declaro falência e espero também ser envolvido no "resgate" financeiro.

    Não há pequenos-almoços grátis

    Há demagogias que nem a noção do ridículo têm. Hoje o JN chamava a atenção que a medida do governo de distribuir pequenos almoços em 80 escolas do país (por ofertas de privados) vão começar... quando o ano termina!!!
    Acerca de questões de alimentação e fome, sugiro-vos a leitura de um artigo extremamente interessante sobre a matéria. No final da sua leitura ficarão a saber, entre outras coisas, porque há tanta fome no mundo, incluindo em países ricos como os EUA, apesar de ser fácil acabar com ela?

    O intelectual orgânico do regime

    "Numa conferência do PSD destinada aos militantes de Braga, o ministro Miguel Macedo salientou que o memorando da “troika” não foi assinado para garantir crescimento e emprego. No mesmo local, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu o primeiro-ministro Passos Coelho das críticas de D. Januário Torgal Ferreira."
    Macedo falou verdade. Marcelo tergiversou.
    Marcelo é um intelectual orgânico da burguesia. E por falar em orgânico, dá sinais de alguma "desagregação" para não utilizar um termo mais directo mas susceptivel de ferir algumas sensibilidades. Ser capaz de defender Passos Coelho de uma crítica bem merecida de um Bispo como D. Januário, revela bem as origens de Marcelo, afilhado do delfim e sucessor de Salazar e do seu regime produtor de "paciência e resignação".
    O que faz com que alguém, cada vez mais gelatinoso (lembram-se do sketch dos gatos fedorentos acerca do nim de Marcelo no referendo da interrupção voluntária da gravidez?) como Marcelo tenha tanto tempo de antena? Apenas os fretes a que ele se dispõe, apesar de pequeninas e não frontais críticas que ele vai fazendo para disfarçar que é "independente", ele que é militante do PSD e foi até seu presidente (com pouco sucesso, aliás).
    Para quem quiser ver dirijo-o para a seguinte ligação.

    Manif CGTP Porto, 9 de Maio 2012

    Foi uma boa manifestação apesar da chuva que regou toda a sua duração.
    Quem lá esteve sabe qual a importância da luta para a conquista de direitos e para resistir aos retrocessos.
    Esperemos que a maré encha ainda mais na próxima, que vai realizar-se em Lisboa. Até lá.
    P.S. No início da manifestação vi o Miguel Urbano Rodrigues, um dos mais brilhantes intelectuais que tive a oportunidade e prazer de conhecer e ler. Ele tem mais de 85 anos e disse presente. Como ele vi também muitos cidadãos bem idosos que não faltaram à chamada, sabendo da importância da sua presença, Que grande exemplo de atitude cívica para os portugueses mais novos em idade.

    sexta-feira, 8 de junho de 2012

    Os coelhos da cartola do Coelho

    Hoje, Pedro Passos Coelho disse aos jovens para se dedicarem à agricultura.
    Depois de os mandar emigrar;
    de considerar o desemprego uma grande oportunidade na vida;
    de desencantar umas centenas largas de estágios (lembram-se do Sócrates a inaugurar estágios na fase decadente do seu governo?);
    e do outro senhor os mandar dedicar à pesca;
    vem ele outra vez e entra num dos ramos da economia que os seus confrades políticos, de bom grado, desmantelaram, aqui há uns tempos, em favor da europa dos ricos, e em troca de fundos que encheram os bolsos só de alguns.
    Amanhã, quem será o ministro que mandará dedicar os jovens à indústria, outro dos ramos desmantelados, privados, vendidos aos estrangeiros? Afinal, é o ramo que se segue, não é?

    Manual da (des)governação que temos

    1.º princípio: alternando com as medidas gravosas lançadas em catadupa, que pesam, e de que maneira, no povo, fazer sair uma medidinha, que pareça que é alguma coisa, ou então apostar em areia atirada aos olhos do mesmo povo, pela comunicação social, e que o mantenha divertido ou ocupado durante algum tempo.
    Exemplo na educação:
    -do lado do grave: mega-agrupamentos, aumento dos alunos por turma, empobrecimento curricular, encerramento de escolas e de serviços;
    -do lado da distração: pequeno almoço escolar em 80 escolas, Estatuto do aluno e da ética.

    Policarpo vs Januário.

    Enquanto D. Policarpo disse esfola, ao Passos que matava feriados, D. Januário revoltava-se com isso e com as recentes palavras de Coelho sobre a "paciência e resignação" do povo português. Sem papas na língua comparou-as com a situação vivida 50 anos atrás.
    Tudo isto me faz lembrar também a mesma instituição que tem irmãzinhas em Casas de Saúde de luxo, a tratar pessoas com dinheiro, mas onde também existem irmãs em África e na América Latina, a viver, sofrer e por vezes a morrer com os povos sofridos.
    Na hierarquia, com raras excepções, estão os amigos dos poderosos. Na base, juntos aos que sofrem, estão os exemplos de humanidade.
    http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/bispo-das-forcas-armadas-comparou-passos-coelho-a-salazar-1549376

    quinta-feira, 7 de junho de 2012

    Desporto deve ser cultura e educação.

    Num tempo em que os que mandam, não sabem nem querem, é refrescante ver que há os que sabem e querem, embora não mandem (com a excepção de algumas autarquias), a afirmar o desporto e a Educação Física como práticas culturais e educativas.
    Vejam o exemplo de Alfredo Melo de Carvalho, que conseguiu congregar esforços para fazer em cerca de ano e meio - 74 e 75 - o que depois se vem desfazendo em mais de três décadas.
    Num tempo em que o governo/mec está a dar vários golpes na EF e no desporto escolar em Portugal, estas imagens e estas palavras são atuais.

    À falsa fé: filofascismo a todo o gâs.

    Nos últimos dias, professores, funcionários, pais, diretores escolares, foram brindados com a saída de dois diplomas legislativos sobre a organização do futuro ano letivo e sobre o estatuto do aluno.
    Legalmente o governo estava obrigado a ouvir e negociar estes diplomas com, designadamente, os sindicatos. Mandou a democracia às urtigas e fê-los sair, aos diplomas, à falsa fé.
    Dias antes tinha feito sair, em finais de maio, umas matrizes de revisão curricular, que mandavam para canto anteriores propostas, de março, e traziam mais medidas lesivas dos direitos dos professores e não só.
    Relativamente aos mega-agrupamentos a que chama eufemisticamente agregações, tem comportamento autista, pois reage à grande maioria de opiniões contrárias a esta medida dizendo que há consenso ou maioria de aceitação.
    Aumenta o número de alunos por turma e depois diz que isso é bom para o sucesso escolar. Deve ser por isso que os príncipes, que se pretendia altamente formados, tinham vários precetores individuais.
    Este governo apresenta uma grande derrapagem filofascista nos seus comportamentos. A exemplo dos seus émulos pré 25 de Abril de 74, protege os grandes interesses económicos e prejudica gravemente os portugueses em geral. A educação é um dos exemplos maiores. Mas exemplos às catadupas existem em todos os aspetos da sociedade portuguesa.
    Temos de reconhecer que para aplicar estas políticas há que ser, em grande parte, filofascista. Não disse há uns tempos a doutora Manuela Ferreira, quando era líder do PSD, que era preciso meter a democracia entre parênteses, e aplicar uma ditadura por seis meses? Estes já vão em um ano na sua.
    Haja quem lute!

    Onde é que já vimos isto?

    Fitch corta ‘rating' de Espanha em três níveis para ‘BBB'.

    Primeiro, os donos do mundo definiram os seus alvos. Cunharam-nos mesmo, bem pejorativamente, com o nome de PIIG'S. A sigla, para os menos atentos significa, Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha.
    Portugal, Irlanda e Grécia, já andam em bolandas há bastante tempo, em bancarrota anunciada pelos "mercados" a quem é dado o poder de determinar bancarrotas. Aliás, há outros países na mesma situação que não foram contemplados com a sigla. Agora segue-se a Espanha e a Itália está bem próxima.
    Os predadores e abutres, em grande parte, confundem-se. O FMI, a União Europeia e o Banco Central, a troyka externa, dizendo ajudar, mais não fazem do que cavar a recessão nesses países, obrigando-os a cortar despesas sociais essenciais como saúde e educação, e a privatizar empresas estratégicas e lucrativas. Obtêm também grandes lucros com os juros dos empréstimos.
    Para quem seja minimamente esclarecido ou tenha dois dedos de testa, é fácil de verificar que esta troyka está ao serviço do capital nacional e internacional. Verifica também que os (des)governos obedientes e as oposições domesticadas (os centrões de cada país) servem os mesmos propósitos.
    O que fazer? Denunciar, unir os trabalhadores, os desempregados e os reformados sem interesses de classe dominante e lutar consequentemente e persistentemente contra estas políticas altamente lesivas dos interesses dos povos.
    Dia 9 de Junho há manifestação contra tudo isto, promovida pela CGTP. É um bom momento para lutar.
    P.S. Os "mercados", neste mundo, têm rosto. São os capitalistas que decidem para os seus interesses. Têm como instrumentos as agências de rating, a Mood's, a Poor and Standard's e a Ficht. Essas agências são norte-americanas e são financiadas pelos tais capitalistas que lhes dizem o que devem fazer. Para verem como elas são tão obedientes e "burras", diga-se que nenhuma delas previu a crise do prime time em 2007, e também nenhuma delas denunciou as mega-empresas fraudulentas que foram à falência.

    domingo, 3 de junho de 2012

    Sacanices II

    Num assomo de "cuerência" Borges diz que é uma urgência baixar salários. Porque não exige primeiro que baixe o dele e que passe a pagar impostos?

    Sacanices...

    O governo constituiu uma comissão de luxo para nomear cargos para a Função Pública. Os salários e ajudas de custo que estes boys vão ganhar são tão obscenos que nos apetece utilizar as iniciais da função pública para lhes chamar nomes: aos nomeados e aos nomeadores. E estamos em tempo de crise, e de austeridade, hem!
    Leia aqui a notícia:

    Inefável presidente

    Aqui há uns anos, houve em Portugal um primeiro ministro que disse que iria ajudar o presidente da república da altura a terminar com dignidade o seu mandato.
    Hoje, há que dizê-lo com frontalidade, toda a ajuda seria incapaz de ajudar o atual presidente (que na altura era o tal primeiro ministro) a terminar com dignidade o seu mandato, tais são as trapalhadas ditas e feitas por ele.

    sábado, 2 de junho de 2012

    O polvo das PPP

    Vejam a denúncia de uma das pernas principais do polvo: as PPP, (parcerias público privadas) e os responsáveis passados e actuais.
    Reparem como nos cortaram os salários rapidinho e sem problemas e quanto aos contratos leoninos e deastrosos para os portugueses, como são os das PPP, que sugam e sugarão dezenas de milhares de milhões, nada ainda foi feito para as cortar.




    quinta-feira, 31 de maio de 2012

    Tão obstinado rigor!!!

    Ontem, o ministro da educação e ciência, que é matemático, respondeu na assembleia da república que não sabia quantos professores iam ficar sem emprego devido às medidas que o governo e o mec tinha decidido para o setor: mega-agrupamentos; revisão curricular; aumento de alunos por turma, etc.
    De fato só um ministro de tão grande rigor, como ele, é capaz de ter a sinceridade e honestidade de confessar a sua ignorância de forma tão singela.
    E só uma personalidade tão melifluamente maquiavélica é capaz de ter enganado tantos professores que, diga-se em abono da verdade, são politicamente ingénuos na sua maioria.
    Reparem no "politiquês" que ele já utiliza, na notícia em baixo, ao chamar aos despedimentos, "contenção na contratação"...
    Pessoalmente, Crato nunca me enganou. Confesso que há uma única coisa em que ele me "irrita" solenemente. É quando fala em Bento Jesus Caraça como se fosse herdeiro de algo que esse grande português representou e representa. Caraça quando o ouve proferir o seu nome deve dar voltas no túmulo, ele que foi matemático, homem de verdade e um resistente ao fascismo.

    Os cortes, "escabrosos" deste governo de direita

    Se este governo corta até nos tratamentos médicos de quem está doente o que não é será capaz de fazer aos que, supostamente, não estão doentes.
    Ver aqui a notícia.

    quarta-feira, 30 de maio de 2012

    Neoliberalês

    Para diminuir o desemprego, hoje, "A Comissão Europeia aconselhou hoje o Governo português a prosseguir o programa da 'troika' e a adotar "reformas estruturais" para "reduzir os custos do trabalho, aumentar a flexibilidade" e acabar com margens de retorno excessivas."
    Confesso que a única coisa que não percebo é a das "margens de retorno excessivas". Não sou assim tão versado em "neoliberalês".
    E eles têm razão. Posso prová-lo com um exemplo prático. Noutro dia oferecei trabalho na minha casa para 100 pessoas. Ofereci-lhes dois euros por dia para me fazerem a lida da casa, massajar os pés quando chego, esfregar o chão. Polir as pratas. E não é que esses preguiçosos dos desempregados e do rendimento mínimo, que nós andamos a sustentar com os nossos impostos, nem sequer apareceram.
    Como eu não faltaria gente benévola como eu a também criar imensos postos de trabalho.
    Por estas e por outras é que é preciso despedir esses malandros que não querem trabalhar.
    Só despedindo diminuiremos o desemprego. É logico. E só pagando pouquinho e matando-os à fome e à família deles, esses desempregados preguiçosos é que os obrigaremos a trabalhar, e assim diminuir o desemprego.

    terça-feira, 29 de maio de 2012

    Os impostos da dona Lagarde

    A dona Cristine Lagarde, gerente do FMI, insultou os gregos e mandou-os pagar impostos, coisa que estaria na origem de todos os problemas gregos (a falta de pagamento de impostos).
    Hoje soube-se que, a dita dona, além de auferir de ordenados e ajudas de custo milionárias, (mais do que o presidente americano), não paga um chavo de impostos.

    segunda-feira, 28 de maio de 2012

    Consciência de classe

    Ontem, passei uma boa meia hora a falar com um casal conhecido sobre as "regalias" e "privilégios" da função pública (FP). Eles, claro, não eram FP.
    Tentei fazer-lhes ver que os governos que temos tido, utilizam a táctica tão antiga de suscitar a inveja de alguns trabalhadores sobre outros. Tentei mostrar-lhes como na última década, sucessivamente, os governantes têm nivelado por baixo, cortando os direitos de todos, alternando os ataques aos trabalhadores do privado - com o código laboral - e depois os da FP. Disse-lhes que os recentes ataques à FP iriam ser seguidos por ataques aos trabalhadores do privado. Tentei também fazer-lhes ver como os trabalhadores com mais direitos são as boas referências a alcançar e não a atacar. Invoquei até, em desespero de causa, um barbudo do século XIX que sugeria aos trabalhadores de todo o mundo para se unirem.
    No fim cheguei à conclusão que valeu de muito pouco. Os meios de que disponho são bem mais parcos do que as homilias do Marcelo e dos restantes fazedores de opinião, pagos a peso de ouro. Esses não têm regalias nem privilégios. Os FP é que têm. Esta desinformação geral que os donos dos média promovem assegura a domesticação submissa perante os grandes e a cobiça perante os que deviam apenas ser considerados como companheiros trabalhadores.
    Que fazer? Continuar a conversa numa outra altura, talvez. Afinal, somos todos trabalhadores...

    domingo, 27 de maio de 2012

    "Vamos brincar às caridadezinhas"

    O "sapo notícias"  noticiava que também as familias da classe média já vão buscar comida às cantinas sociais e que o governo vai criar cerca de 900 cantinas deste tipo.
    Comentário: em primeiro lugar é preciso "ver e afirmar" que essas famílias já não são da classe média. Hoje, são pobres.
    Por outro lado os membros do governo mostram conhecer bem as receitas do tempo do fascismo: para a fome e a miséria a solução deles é a caridadezinha. Aliás, são eles que criam a miséria com as suas políticas. São a origem do problema. Resolvê-lo pertence a outros.

    Hipocrisia governamental

    Hoje li que o nosso "governo", - que a mim a à maior parte do povo português só nos desgoverna -, repudia veementemente um massacre em Houla, na Síria.
    Hipócritas. Na Síria repudiam, mas quando os Drones (aviões teleguidos dos USA) ou os marines matam famílias inteiras no Afeganistão, no Iraque e no Paquistão, só para falar em países bem perto da Síria, Passos e C.ia assobiam para o ar.